quarta-feira, 30 de novembro de 2011

POMBO DEIXA 10 MIL UNIDADES DO CENTRO SEM LUZ EM CURITIBA

Pombo deixa 10 mil unidades do centro de Curitiba sem luz Animal se embrenhou em subestação e gerou curto circuito na terça (22). Nesta quinta (24), equipamento danificado provocou novo apagão. Fernando Castro Do G1 PR Um pombo que se embrenhou em uma subestação de luz deixou boa parte do centro de Curitiba sem luz. O problema começou na terça-feira (22), quando um equipamento foi danificado pela presença do animal. Nesta quinta (24), quando o aparelho foi religado, outro apagão tomou conta da região. A Copel, Companhia Paranaense de Energia, informou ao G1 que no fim da tarde de terça-feira, durante três minutos, 10 mil unidades ficaram sem energia elétrica devido ao curto circuito. São cerca de 18 mil unidades abastecidas pela subestação na qual houve o problema. O equipamento foi retirado para conserto. Nesta quinta, das 15h08 às 15h10, o problema voltou a ocorrer. O aparelho foi recolocado no local de origem e gerou o novo apagão. De acordo com a Copel, apesar de não ser o ideal, é comum esse tipo de problema acontecer com equipamentos de maior potência. A subestação atingida é a céu aberto e fica no centro da cidade. Esta região concentra grande parte dos pombos de Curitiba, que procuram alimento e locais para fazer ninho. Pombos A presença de pombos no centro é prejudicial para humanos e animais (Foto: Foto ilustrativa) Segundo a bióloga Cláudia Staubacher, do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCVV) da prefeitura de Curitiba, o fato dos pombos estarem no centro da cidade é prejudicial para ambas as partes – animais e humanos. Enquanto acidentes como o registrado pela Copel são mais raros, a presença destes animais no centro urbano costuma gerar problemas para os humanos, como a transmissão de doenças através das fezes e dos ninhos. Ela lembra que o animal em si não é um transmissor direto de zoonoses, como a ratazana, por exemplo, mas que o acúmulo de excrementos do animal e dos fungos que os ninhos podem gerar causam alergias, piolhos, ácaros, entre outros. A presença dos pombos no centro é prejudicial para os próprios animais, que se acumulam pela região à procura de abrigo e alimentos. “As colônias do centro são de animais fracos, doentes, que sofrem os problemas do estresse e da poluição do centro urbano. Sob o ponto de vista do animal, é péssimo para ele”, explica Staubacher. Sob o ponto de vista do animal, é péssimo para ele" Cláudia Staubacher, bióloga Para a bióloga, os maiores responsáveis pela situação são as pessoas que alimentam os pombos em grande escala. “É importante que essas pessoas saibam que não estão fazendo um favor, estão escravizando o animal, mantendo uma alimentação que não é suficiente, não é saudável”, disse. Como sugestão para que os animais não percam repentinamente a fonte de alimentação, Staubacher recomenda que, a cada dia, a pessoa que costuma alimentar os pombos diminua a quantidade. Desta forma, o animal irá naturalmente buscar outras formas de comida, longe do centro.