Quando perguntada sobre a demora na apuração dos casos suspeitos - reclamação não somente da família de Vitória mas de outras cujos parentes padeceram depois da vacina e que ainda aguardam o resultado do Adolfo Lutz sobre a causa da morte -, Regiane de Paula afirma que o processo não é tão simples assim.
"São feitos, entre outros, um exame de histopatologia e de PCR (técnica de isolamento viral), além do levantamento do histórico familiar para confirmar se a pessoa tinha ou não uma doença de base", diz.
Para atestar um efeito adverso, continua a diretora, os critérios e as etapas são mais longos e complexos do que confirmar um caso de febre amarela "puro", transmitido pela picada de um mosquito Haemagogus ou Sabethes.
Segundo a OMS, vacina para febre amarela tem eficácia superior a 95%
Segue sem resposta o caso do menino Murilo Pio, de 3 anos, que morreu no dia 19 de janeiro, cinco dias após a vacinação.
O Hospital Renascença, em Osasco, que o diagnosticou em um primeiro momento com nasofaringite aguda, recebeu a criança dois dias depois, já em um quadro de contrações musculares da face seguido de crise convulsiva generalizada. A parada cardiorrespiratória aconteceu às 15h55 da sexta-feira. Às 16h35 os médicos atestaram a morte, após intubação orotraqueal e manobras de reanimação sem sucesso.
Entre os comentários virtuais depois do falecimento de Murilo, mais indignação: "A vacina está matando mais que a tal febre, 'gadão' sem noção", "Isso tem nome e chama-se homicídio culposo", "Temos tecnologia para produzir uma vacina com vírus morto, mas não é de interesse pois é um vírus que existe no 3º mundo e não há retorno financeiro".
Fonte: BBC Brasil
Fonte: BBC Brasil