Após o registro de ao menos uma morte na Baixada Santista, a febre amarela avança para a região do Vale do Ribeira. A Direção de Saúde de Miracatu (134 quilômetros de Santos) confirmou no começo da tarde deste sábado (10) a primeira vítima fatal que contraiu a doença no município. Trata-se de um homem de 50 anos que faleceu no dia 23 de fevereiro.
De acordo com a Prefeitura de Miracatu, a presença do vírus transmissor da febre amarela foi confirmada pelo Centro de Vigilância Sanitária – órgão paulista de controle de vetores. Contudo, o caso não consta no balanço da Secretaria Estadual da Saúde com os números de pacientes e mortes pela doença, divulgado na sexta-feira.
A Administração da cidade do Vale do Ribeira afirma ter reforçado a vacinação, com mutirão nas clínicas médicas e postos volantes pelos bairros. A intensificação na reta final da campanha de imunização decorre, também, com a confirmação da presença do vírus da febre amarela em um macaco. O primata foi encontrado morto, no dia 2 de março, no limite das cidades de Pedro de Toledo e Iguape – também no Vale do Ribeira.
Baixada Santista
Na Baixada Santista, a Secretaria Estadual da Saúde confirma, até o momento, a morte de um morador da zona de mata de Itanhaém por febre amarela A pasta ainda investiga outros três casos que já tiveram os exames iniciais positivos para a presença no vírus no organismo: uma mulher de 53 anos, moradora de São Vicente; um jovem de 16 anos, de São Paulo, internado na Sociedade Beneficência; e um turista de Curitiba (PR), que contraiu a
doença em Peruíbe.
Outros 18 pacientes da região aguardam os resultados dos exames (sendo 12 em São Vicente, cinco em Santos e um em Peruíbe). A Baixada Santista ainda é a região com a menor cobertura vacinal. Pouco mais de duas em cada cinco pessoas (41,9%) procuraram um posto para receber a dose fracionada.
“A vacinação é a principal forma de proteger a população contra a febre amarela. As pessoas que ainda não se imunizaram devem comparecer aos postos até 16 de março”, alerta a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato. Por enquanto, o Estado não fala em prorrogar a campanha.
A Secretaria Estadual de Saúde também aguarda a confirmação de exames em macacos encontrados mortos em Itanhaém, Peruíbe, São Vicente e Santos. Segundo o infectologista Marcos Caseiro, o aparecimento de primatas mortos em zona de mata evidencia que o vírus da febre amarela já se espalha por aquela localidade. Isso porque o animal serve de espécie de termômetro a indicar presença da doença.
Conforme o último balanço da do Estado, foram confirmados 326 casos de febre amarela silvestre e 116 mortes nas cidades paulistas. A maioria dos pacientes contraiu a doença em Mairiporã (46,5%) e Atibaia (17%).
Fonte: www.atribuna.com.br
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