Em
2017, foram notificados 16.995 casos prováveis de chikungunya
Minas
Gerais registrou a primeira morte por febre Chikungunya este ano. A vítima é um
homem de 72 anos, portador de diabetes e hipertensão, que morreu em Governador
Valadares, na região do Rio Doce, no dia 11 de março, segundo informação da
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, divulgada nesta terça-feira
(4).
De
acordo com a SES-MG, o mês de março deste ano foi o que registrou o maior
número de casos prováveis de chikungunya, com 7.747 casos.
Ainda
de acordo com boletim, divulgado nesta terça, em 2017, até o momento, foram
notificados 16.995 casos prováveis de chikungunya e ocorreram 22 óbitos com
suspeita da doença em Minas Gerais: 19 óbitos ainda estão em investigação, 2
(dois) foram descartados e 1 (um) foi o de Governador Valadares.
Os
outros 19 óbitos em investigação foram registrados nos seguintes municípios:
Central de Minas (1), Cuparaque (1), Teófilo Otoni (2) e Governador Valadares
(15).
O
Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES-MG, Rodrigo Said destaca
que a doença tem apresentado um quadro diferenciado com a ocorrência de casos
graves e óbitos no país, o que aponta para necessidade de reforçar a
importância do diagnóstico precoce, tratamento adequado do paciente e
valorização de sinais associados a gravidade, que devem ser trabalhados
permanentemente nas capacitações dos profissionais de saúde. “Também é
importante que a população esteja atenta aos primeiros sinais da doença para
buscar atendimento nas unidades de saúde e não utilize medicamentos sem
prescrição médica”, destacou.
Ainda
de acordo com Rodrigo Said, as doenças transmitidas pelo Aedes permanecem como
um grande desafio para toda a sociedade, devido ao grande número de áreas
afetadas, volume de casos e ocorrência de óbitos. É necessário manter todas as
atividades de vigilância, controle e atenção aos pacientes, reforçando as
atividades de mobilização e participação da população.
Em
relação ao trabalho da Secretaria Estadual de Saúde para controle e prevenção
da doença, Rodrigo explica que as medidas adotadas pela SES-MG buscam valorizar
as ações de mobilização e participação da população no combate do Aedes; apoiar
os municípios no desenvolvimento das ações de controle, vigilância e atenção
aos pacientes e manter os planos de contingência atualizados durante o período
da sazonalidade.
Sobre
a doença
A Chikungunya é uma doença viral, muito comum em algumas regiões da África,
causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Na fase aguda, os sintomas
são febre alta, dor muscular, exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor
nas articulações (poliartrite). No Brasil, o Aedes aegypti e o Aedes
albopictus, mosquitos transmissores da Dengue e da Febre Amarela, são vetores
em potencial da doença.
Geralmente,
os sintomas da Chikungunya se manifestam entre dois a 12 dias e são
clinicamente semelhantes aos da Dengue, sendo eles, febre alta, dor muscular
intensa, dor de cabeça, enjoo, fadiga e manchas avermelhadas pelo corpo. O que
as difere, porém, são as fortes dores nas articulações.
As
crianças e os idosos, por terem um sistema imunológico frágil, estão mais
propensos a sofrerem com a Chikungunya. Alguns sintomas apresentados são febre
acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de
pés e mãos - dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça,
dores nos músculos e manchas avermelhadas pelo corpo. Caso perceba algum dos
sintomas citados, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e não
use medicamentos sem orientação médica.
Dengue
e Zika
Em
2017, Minas Gerais registrou 26.097 casos prováveis (casos confirmados +
suspeitos) de dengue. Desses, seis casos vieram a óbito e outros 17seguem em
investigação.
Já
com relação à febre pelo Zika Vírus, são 846 casos prováveis no estado este
ano.
*Fonte:
SES/MG