Os
números são alarmantes: em Paranaguá, no litoral paranaense, para cada morador
existiriam 17 ratos. Os dados constam de uma pesquisa feita pelo professor
Francisco de Souza para um trabalho de mestrado. Em quatro anos, ele mapeou 80%
da área urbana do município.
O
método utilizado pelo pesquisador em Paranaguá baseia-se na contagem
estabelecida pela Fundação Nacional de Saúde, que leva em conta a quantidade de
tocas de ratos catalogadas. De acordo com os números oficiais, cada uma das
tocas abriga entre 16 e 22 ratos.
Número
de roedores em Paranaguá seria quase quatro vezes o tolerado para uma cidade
portuária
A
provável superpopulação de ratos teria se proliferado principalmente pelos
grãos que são derrubados pelos milhares de caminhões que trafegam tendo como
destino ou saída o Porto de Paranaguá. Como atravessam a cidade, o alimento é
encontrado em todo canto no município. Mesa farta para os roedores.
Afora
os grãos que caem dos caminhões, o acúmulo de lixo também serve de alimento
para os ratos. Na cidade, é comum os moradores jogarem lixo em qualquer lugar e
não observar o dia correto da coleta do material. Ao agir dessa forma, os
próprios habitantes acabam colaborando com a infestação das ratazanas.
DOENÇAS
As
autoridades de saúde alertam para o problema, já que cada rato pode transmitir
cerca de 30 tipos de doenças diferentes. A mais conhecida delas é a
leptospirose, que é transmitida pela urina do rato. Em 2017 foram confirmados
sete casos da doença no município.
A
conscientização da comunidade é essencial para evitar a proliferação de ratos
em Paranaguá. O máximo admitido para uma cidade portuária é de cinco roedores
por habitante. Segundo a pesquisa, a cidade possuiria quase quatro vezes o
número tolerado de ratos.
Segundo
a Fundação Nacional de Saúde, cada toca abriga entre 16 e 22 ratos
PROVIDÊNCIAS
A
pesquisa divulgada pelo professor Francisco de Souza na RPC TV virou debate nas
redes sociais. Alguns questionaram os dados informados; outros exigiram uma
atuação mais efetiva das autoridades municipais e estaduais para combater o
problema.
Alegam
que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina-APPA limita-se a
realizar a limpeza da área próxima ao porto, enquanto o restante do município
fica com os dejetos caídos dos caminhões que se dirigem ou saem do porto e
atravessam a cidade.
Fonte:
http://agoralitoral.com.br