sexta-feira, 7 de julho de 2017

Pesquisador já mapeou 80% da área urbana e Paranaguá teria cerca de 2 milhões de ratos


Os números são alarmantes: em Paranaguá, no litoral paranaense, para cada morador existiriam 17 ratos. Os dados constam de uma pesquisa feita pelo professor Francisco de Souza para um trabalho de mestrado. Em quatro anos, ele mapeou 80% da área urbana do município.

O método utilizado pelo pesquisador em Paranaguá baseia-se na contagem estabelecida pela Fundação Nacional de Saúde, que leva em conta a quantidade de tocas de ratos catalogadas. De acordo com os números oficiais, cada uma das tocas abriga entre 16 e 22 ratos.

Número de roedores em Paranaguá seria quase quatro vezes o tolerado para uma cidade portuária
A provável superpopulação de ratos teria se proliferado principalmente pelos grãos que são derrubados pelos milhares de caminhões que trafegam tendo como destino ou saída o Porto de Paranaguá. Como atravessam a cidade, o alimento é encontrado em todo canto no município. Mesa farta para os roedores.

Afora os grãos que caem dos caminhões, o acúmulo de lixo também serve de alimento para os ratos. Na cidade, é comum os moradores jogarem lixo em qualquer lugar e não observar o dia correto da coleta do material. Ao agir dessa forma, os próprios habitantes acabam colaborando com a infestação das ratazanas.

DOENÇAS

As autoridades de saúde alertam para o problema, já que cada rato pode transmitir cerca de 30 tipos de doenças diferentes. A mais conhecida delas é a leptospirose, que é transmitida pela urina do rato. Em 2017 foram confirmados sete casos da doença no município.

A conscientização da comunidade é essencial para evitar a proliferação de ratos em Paranaguá. O máximo admitido para uma cidade portuária é de cinco roedores por habitante. Segundo a pesquisa, a cidade possuiria quase quatro vezes o número tolerado de ratos.

Segundo a Fundação Nacional de Saúde, cada toca abriga entre 16 e 22 ratos

PROVIDÊNCIAS

A pesquisa divulgada pelo professor Francisco de Souza na RPC TV virou debate nas redes sociais. Alguns questionaram os dados informados; outros exigiram uma atuação mais efetiva das autoridades municipais e estaduais para combater o problema.

Alegam que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina-APPA limita-se a realizar a limpeza da área próxima ao porto, enquanto o restante do município fica com os dejetos caídos dos caminhões que se dirigem ou saem do porto e atravessam a cidade.


Fonte: http://agoralitoral.com.br